Educação inclusiva: desafios da formação e da atuação em sala de aula.
Além de aprender a adaptar o planejamento e os procedimentos de ensino, é preciso que os educadores olhem para as competências dos alunos, e não apenas para suas limitações. Daniela Alonso, psicopedagoga especialista em Educação inclusiva, destaca a importância de que formação inicial e continuada estejam conectadas ao cotidiano escolar
O professor, como organizador da sala de aula, guia e orienta as
atividades dos alunos durante o processo de aprendizagem para aquisição
dos saberes e competências. O projeto pedagógico da escola direciona as
ações do professor, que deve assumir o compromisso com a diversidade e
com a equalização de oportunidades, privilegiando a colaboração e a
cooperação.
Na sala de aula inclusiva, considera-se que os conteúdos escolares
são considerados objetos da aprendizagem, aos alunos cabe atribuir
significados e construir conhecimentos e o professor assume a função de
mediar esse processo.
O papel do educador é intervir nas atividades que o aluno ainda não
tem autonomia para desenvolver sozinho, ajudando o estudante a se sentir
capaz de realizá-las. É com essa dinâmica que o professor seleciona
procedimentos de ensino e de apoio para compartilhar, confrontar e
resolver conflitos cognitivos.
Quando os procedimentos de ensino privilegiam a construção coletiva e
são organizados com base nas necessidades dos alunos, leva-se em conta
os diferentes estilos, ritmos e interesses de aprendizagem de cada um.
Ou seja, todos os estudantes são diferentes e suas necessidades
educacionais poderão requerer apoio e recursos diferenciados. A
avaliação da aprendizagem, por sua vez, deverá ser coerente com os
objetivos, as atividades e os recursos selecionados. Se o processo de
aprendizagem for redimensionado, o procedimento de avaliação também
deverá ser.
A avaliação processual, que é realizada durante todas as atividades,
poderá ser mais esclarecedora, pois fornece dados sobre o desempenho do
aluno em diversas situações. Essa forma de avaliação facilita o
reconhecimento das necessidades dos alunos e permite que o professor
redimensione os indicadores de aprendizagem. As observações sobre o
desempenho dos alunos constituem ferramentas importantes na adaptação do
planejamento. Por fim, os resultados obtidos serão consistentes desde
que sejam considerados indicadores de aprendizagens condizentes com a
intencionalidade do ensino.
O planejamento e a organização das estratégias para aprendizagem
podem variar de acordo com o estilo do professor. Contudo, é preciso que
o planejamento tenha flexibilidade na abordagem do conteúdo, na
promoção de múltiplas formas de participação nas atividades educacionais
e na recepção dos diversos modos de expressão dos alunos.
O educador deverá considerar no planejamento tempo e estratégias para
conhecer seus alunos - em especial aqueles que poderão requerer apoios
específicos. Para fornecer boa compreensão sobre os alunos e suas
condições de aprendizagem, a observação precisa utilizar diferentes
estratégias e ser feita em diversos momentos da aula. Os critérios de
observação devem ser selecionados com base no currículo e nas
habilidades que o professor considerou no planejamento.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/palavra-especialista-educacao-inclusiva-desafios-formacao-atuacao-sala-aula-762299.shtml?page=1
Postado por:
Ayrla Julliana da Silva Costa.
Guilherme Lima de Arruda.
Graduandos do Curso de Pedagogia (UFCG) e bolsistas do PET.
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