quinta-feira, 11 de julho de 2013

Que infância defendemos?



    

    Atualmente, existem leis, estatutos que referenciam a defesa e proteção integral das crianças e adolescentes. E os cursos de formação de professores enfatizam e defendem a necessidade maiores cuidados com a criança. 
     Entretanto, a mídia mostra uma infância diferente, adultizada, mas será que há uma infância? Se considerarmos que estamos caminhando para um retrocesso, no que diz respeito a conquista de direitos das crianças, podemos dizer que a infância está sendo minimizada. E neste sentido, esse processo de adultização da infância acaba trazendo consequências para a formação das crianças.
    Uma das explicações para este fato que vem ocorrendo, é devido a força que o capitalismo ganha na medida em que as crianças vistas como adultos em miniatura, são consumidores em potencial, inserindo desde muito cedo à prática do consumo nas crianças, o que facilita e eleva o número de acumulação do capital. Algo que merece destaque é que com a adultização, as crianças perdem a infância, fase imprescindível do seu desenvolvimento.

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Números que demonstram a importância dos Pediatras
       
    No campo da saúde esse fato já assume dados alarmantes, segundo o jornal da Paraíba: Nos últimos anos, houve uma queda na procura pela especialidade de pediatria. Na Paraíba há 514 profissionais, conforme a pesquisa Demografia Médica no Brasil, divulgada este ano pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Número considerado baixo pela Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP), que destaca que, no Estado, há um pediatra para cada 800 crianças, e que a Organização Mundial de Saúde (OMS) determina um para cada 200. No entanto, o interesse pela área se reduz pela má remuneração e inúmeros retornos de consultas, que não geram pagamentos, além da necessidade de estar constantemente disponível para atender as crianças brasileiras.
    


Texto escrito e postado por: 
Jéssica Rodrigues de Queiroz 
Pâmella Tamires A. de Sousa
Graduandas de Licenciatura em Pedagogia - UFCG
Bolsistas do Programa de Educação Tutorial - PET

2 comentários:

  1. Texto interessante!
    Muito bom saber que questões atuais como estas estão sendo pautadas na graduação em Pedagogia. Todavia, penso que ainda é necessário expandir mais a sensibilização da comunidade em geral no que se refere aos direitos da criança e do adolescente, o que significa o estatuto da criança e do adolescente no Brasil e qual a importância de tod@s zelaram pela proteção integral da infância. Ainda há muito preconceito e excesso de informações erradas sobre o estatuto,por exemplo.

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  2. Na verdade José Júnior, o que pretendíamos destacar é a situação de falta de assistência à infância, seja na saúde ou educação. O fato é que o sujeito criança, apesar de todo o aparato legal que o constitui enquanto cidadão, vem sendo negligenciado.

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