quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Educação Crítica e o novo padrão de ensino brasileiro

A educação é uma prática social cíclica, que deve ser renovada e revista no decorrer de nossa existência. Reeducar-se é necessário para acompanhar as evoluções de nossa sociedade. Porém, um dos mais fundamentais contatos com a educação que temos, normalmente, acontece nas salas de aula. As escolas são peças-chave para a formação de indivíduos capazes de melhorar o espaço em que vivem. Pensando neste ideal, não só o de ensinar por ensinar, a Educação Crítica, representada em nosso país por estudiosos como Paulo Freire, tem angariado visibilidade. Um dos exemplos de sucesso da inserção desta filosofia educacional é a rede Alub, representante deste novo padrão para o ensino brasileiro.
Em sua grade curricular, além das matérias comuns, os alunos recebem disciplinas como Cidadania & Ética e Educação Financeira. Assim, eles apreendem noções de Direitos Humanos, Direito Constitucional, Código de Transito, Código do Consumidor. A ong MelhoresColégios, responsável pelo ranking das melhores escolas do País, recentemente, divulgou que o Alub conquistou o segundo lugar no pódio de Brasília. Quanto ao nacional, o grupo se posicionou em oitavo lugar. Além disso, 30% das vagas do último vestibular realizado pela Universidade de Brasília (UnB), um dos mais concorridos do Brasil, foram conquistadas por seus alunos - o que comprova o sucesso deste modelo inovador de ensino em detrimento da tradicional pedagogia de conteúdo.
Em seu pilar pedagógico, a rede incorpora o modelo do educador Jonh Nash, como uma de suas influência. Quatro pilares são trabalhados para que os estudantes estejam preparados para estratégias e negociações: economia, política, administração e relações internacionais. Dentro deste modelo, aprimorado pelos israelenses, são abordadas questões como geometria diferencial, equações diferenciais parciais e teoria dos jogos. Geralmente realizados em grupos, estes jogos aprimoram os alunos, desde o Ensino Fundamental, principalmente quanto a filosofia de inteligência e raciocínio lógico. 
"O próximo passo é expandir este ideal de ensino para outras capitais", afirma Alexandre Crispi, CEO da rede Alub. "Acrescentamos os conteúdos de educação crítica na grade tradicional porque o papel da escola é formar cidadãos conscientes", acrescenta.
Referência nas aulas preparatórias de concursos, pré-vestibulares, PAS e Enem, o Alub é um dos principais grupos educacionais do Distrito Federal. Reconhecido pela qualidade do Ensino Fundamental, Médio e Educação a Distância (EaD), o grupo conta com 14 unidades. Com mensalidades focadas na Classe C, seu curso pré-vestibular é o que mais aprova para a Universidade de Brasília (UnB).

Fonte: Jornal do Brasil   
19 de fevereiro de 2014                                                                                                     publicado por:
                                                                        Elizângela de França Silva
                                                                              Graduanda em pedagogia e bolsista do                                                                                    Programa de  Educação Tutorial



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Por ausências, 45% dos servidores da Educação terão de devolver dinheiro.


Por causa da quantidade de ausências no ano passado, 45% dos servidores da educação municipal de São Paulo terão de devolver dinheiro à Prefeitura. Dos 83 mil servidores da rede, 37,9 mil terão descontados valores de um bônus que havia sido adiantando em 2013. Em alguns casos, esses descontos chegam a R$ 1,2 mil, dependendo da quantidade de dias fora das escolas. Professores criticam a medida, que classificam como punitiva.
Os dados foram obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação. O desconto não será no salário, mas refere-se ao PDE (Prêmio de Desempenho Educacional), cuja primeira parcela foi adiantada em junho de 2013. Em maio do ano passado, a gestão Fernando Haddad (PT) havia mudado o cálculo do prêmio, fazendo com que o volume de ausências responda a 90% do valor - a partir daquele momento. Antes, esses fatores representavam até metade do prêmio.
Os descontos foram divididos por faixas de valores. A maior parte, 23.537 servidores, terá descontos entre R$ 500 a R$ 960. Há quem tenha de devolver apenas R$ 12 e mais de 2,3 mil servidores terão de reembolsar valores entre R$ 1,002 mil e R$ 1,2 mil. Se apenas o valor mínimo de cada faixa fosse descontado, o montante representaria R$ 15 milhões. Os descontos ocorrem em uma época em que Prefeitura promove várias medidas de economia e o próprio prefeito tem reclamado publicamente da escassez de recursos.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a reformulação do cálculo do bônus foi uma tentativa de diminuir os altos índices de ausências na rede e de valorizar o educador que é assíduo. O maior volume de ausências (e dos descontos) ocorre entre os professores, prejudicando a educação dos alunos nas escolas. Apesar da medida, não houve reflexo nos índices de absenteísmo.
 O secretário de Educação, Cesar Callegari, lamentou que a nova regra não tenha surtido o efeito esperado. "Não houve o impacto que imaginávamos. Mas temos um compromisso com a sociedade e esse volume de ausências não pode ser visto como natural", disse.
  

Adiamento


O valor a ser devolvido depende da jornada de cada profissional e do número de ausências. Com a nova regra, o peso das faltas, mesmo que abonadas, passou a ser maior no cálculo da gratificação. O plano da Prefeitura era realizar os descontos em janeiro deste ano, mas haveria profissionais que ficariam em situação financeira complicada. Alguns deles, como agentes escolares, poderiam ficar sem salários. Um decreto emergencial foi publicado em janeiro, abrindo a possibilidade de fazer os acertos somente em junho. O PDE é sempre pago em duas parcelas. De acordo com a jornada dos profissionais, varia entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil.
Professora da rede municipal há 12 anos, Nelice Pompeu, de 40 anos, diz que a decisão da secretaria tem caráter punitivo. "Os professores não faltam porque querem, mas é um reflexo da carreira do professor", diz ela, que critica a própria existência do bônus. "Devia ser incorporado ao salário."
  

Ferramenta


Para Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem, principal sindicato da categoria, o PDE não poderia ser usado como ferramenta de redução do absenteísmo. "Os índices de ausência do ano passado mostram que não deu certo. E a maioria das ausências é provocada por adoecimentos e violência", diz.
A consultora em educação Ilona Becskeházy diz que, como o prêmio se mostrou insuficiente para diminuir as ausências, o poder público precisa implementar outras medidas a curto prazo. "Todas as pesquisas mostram que o tempo de estudo é essencial para o desempenho do aluno. Em qualquer repartição pública há controle eletrônico de presença. Por que com os professores é diferente?", questiona Ilona.
"Não há controle social das faltas e o aluno, nesse quesito, acaba mais cobrado que o professor. A Secretaria Municipal da Educação espera que, com as medidas no novo programa educacional da cidade, iniciado neste ano, o absenteísmo deva cair. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

17 de fevereiro de 2014.
Estadão conteúdo em São Paulo. 

                                                                                                                                         Publicado por:
                                                                                                                Ayrla Julliana da Silva Costa.
                                                                         Graduanda do curso de pedagogia e bolsista do PET.



sábado, 1 de fevereiro de 2014

E a vergonha nacional continua...


O anuncio do reajuste salarial dos Professores pelo Governador de Pernambuco, na tarde do dia 02 de janeiro de 2014, não alterou a situação dos Professores do Estado, que continuam recebendo o pior salário do País. O Estado que mais cresce no Brasil continua desvalorizando seus Professores e desrespeitando a entidade representativa da categoria. Tomamos conhecimento do anúncio pela imprensa, não foi negociado com o SINTEPE, como o governador informou na coletiva à imprensa e este valor não será pago no salário do mês de janeiro.

Que vergonha Governador Eduardo Campos! Prometeu, durante a campanha política de 2006, resolver esta vergonha nacional, chegamos ao último ano dos seus dois governos e a situação humilhante para os Professores de Pernambuco continua. Chega de pirotecnias, queremos valorização de verdade. Basta de enganação e mentiras sobre a educação e a valorização dos seus profissionais.


Segue abaixo o quadro comparativo dos salários dos Professores com formação de nível superior na Região Nordeste, com a informação do salário atual pago em Pernambuco e o valor com o reajuste anunciado.


Estados do Nordeste

20 horas por semana
R$
30 horas por semana
R$
40 horas por semana
R$
Bahia


2.324,35
Sergipe


2.326,52
Alagoas


2.172,10
Pernambuco

1.234,52 (1.336,67 com o reajuste anunciado)
1.646,04 (1.782,23 com o reajuste anunciado)
Paraíba

1.679,08
2.238,77 (valor proporcional, não existe jornada de 40 horas por semana).
Rio Grande do Norte

1.638,21
“2.238,77” (valor proporcional, não existe jornada de 40 horas por semana).
Ceará


2.444,92
Piauí


2.152,27
Maranhão
1.958,02

“3.916,04” (valor proporcional, não existe jornada de 40 horas por semana).
Fonte: Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) com valores salariais válidos em Maio de 2013.

Recife, 02 de janeiro de 2014.

Heleno Araújo Filho
Presidente do SINTEPE
Secretário de Assuntos Educacionais da CNTE
Membro do Fórum Nacional de Educação (FNE)

Postado por:
Bruna Sonaly Diniz Bernardino
Graduanda do Curso de Pedagogia e Bolsista do PET.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

      MEC divulga nova lista de cursos superiores com avaliação ruim



  G1, São Paulo

Instituições terão de cumprir exigências e melhorar o conceito dos cursos. 

A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação publicou na edição desta terça-feira (8) do “Diário Oficial da União” uma nova relação de cursos de graduação obtiveram resultados insatisfatórios no Conceito Preliminar de Curso (CPC) referente ao ano de 2011.
A lista  tem 38 cursos de 21 instituições de ensino superior, sendo quatro universidades federais, cinco universidades particulares, quatro institutos federais e sete centros universitários.
Na lista estão cursos da PUC-SP (cursos de história e geografia), PUC-Campinas (ciências biológicas, ciências sociais, educação física, engenharia civil, quimica e letras português e inglês), PUC Goiás (engenharia civil), PUC Minas (ciências biológicas e ciências sociais), Mackenzie (arquitetura e urbanismo); as federais de Rondônia (pedagogia), Tocantins (pedagogia), Univasf (arqueologia) e do Recôncavo da Bahia (matemática).
Também aparecem os institutos federais de educação de Roraima (saneamento ambiental), Ceará (automação industrial e química), Pará (análise e desenvolvimento de sistemas), Sertão Pernambucano (física), e Fluminense (análise e desenvolvimento de sistemas, engenharia de controle e automação e manutenção industrial).
Entre os centros universitários estão cursos do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ), com engenharia de controle e automação, engenharia elétrica, engenharia eletrônica, e engenharia mecânica; FESSC (redes de computadores), Uninassau (arquitetura e urbanismo), Unianchieta (engenharia de produção), Unipinhal (ciências biológicas), Unisalesiano (educação física) e Uniflu (arquitetura e urbanismo).
Os vestibulares para estes cursos não serão suspensos. No entanto, as instituições que organizam os cursos terão de cumprir medidas cautelares preventivas de ajustes para melhoria da avaliação destes cursos. Todas as instituições que tiraram igual ou menor que 2 no CPC serão convocadas a estabelecer um protocolo de compromisso junto ao MEC e terão de gerar relatórios a cada dois meses sobre o andamento das mudanças. Elas terão 60 dias para cumprir as exigências relacionadas ao corpo docente, como contratar novos mestres ou doutores, por exemplo; e 180 dias para se adequar na questão da infraestrutura, como criação ou reforma de laboratórios ou bibliotecas.
Outro lado
G1 entrou em contato com as instituições e aguarda retorno.
A reitoria da PUC-SP afirmou que "a nova gestão da universidade avaliará todos os componentes que levaram ao resultado não adequado obtido pelos cursos de geografia e história e buscará melhorar o que for necessário. Também observará as exigências do MEC em relação aos referidos resultados".
A assessoria da PUC-Campinas informou que o projeto pedagógico está em constante processo de aprimoramento e que a universidade aguardará pelo comunicado oficial do MEC, para tomar as providências necessárias. Além disso, também alegou que alguns cursos sofreram boicote durante a realização da prova.
A PUC Minas disse que só vai se pronunciar após ser notificada pelo MEC.
A PUC Goias disse, em nota, que "o curso de engenharia civil é umd os mais tradicionais da região Centro-Oeste, e que o resultado do CPC depende da adesão dos alunos ao Enade e não reflete as melhorias e os investimentos realizados nos últimos anos na engenharia Civil". A PUC Goiás afirmou que "a visita in loco permitirá ao MEC ter uma visão mais completa do curso e formular uma avaliação mais abrangente".
A reitoria do Mackenzie afirmou que "o curso de arquitetura e urbanismo obteve um desempenho atípico na avaliação do Enade, sobretudo quando observada sua trajetória de 95 anos, seu histórico nas avaliações anteriores e, mesmo, em outras formas de avaliação". E que "várias providências estão sendo tomadas, entre elas a instituição de uma comissão interna de avaliação, que envolverá toda comunidade acadêmica (professores, alunos, funcionários e gestores), para realizar o estudo aprofundado desses indicadores".
Na UFRB, a pró-reitoria de graduação informou que se reuniu com o Colegiado do Curso de Licenciatura em matemática para discutir um plano de providências para melhoria do curso, como análise das prova do Enade, melhoria do laboratório de matemática, e revisão do projeto pedagógico do curso.
Na Unir, o pró-reitor Jorge Coimbra disse que esse resultado deve ser avaliado de forma prudente. Para ele há problemas em vários setores da universidade que resultam em consequências não satisfatórias para o curso de história. "Vamos fazer uma reunião com o Núcleo de Ciências Humanas e com a chefia do Departamento de História para avaliarmos quais os pontos falhos do curso. De forma geral sabemos quais a deficiências da universidade", afirmou. "Sobre o corpo docente, tenho certeza que não enfrentamos problemas, pois nossos professores são habilitados e a maioria possui mestrado e doutorado, mas sobre a insfraestrutra da instituição, isso sim deixa a desejar. Nossos laboratórios didáticos são precários e a manutenção deles assim como das salas de aula também são problemas enfrentados pela universidade".
No Cefet-RJ, segundo Luiz Eduardo Laranjeira, assessor do diretor-geral do centro, a avaliação dos alunos sobre a infra-estrutura do Cefet foi o que mais prejudicou a nota dos cursos. Luiz disse ainda que houve uma reunião para analisar as deficiências e para saber se a greve dos professores afetou o desempenho.
O Instituto Federal do Ceará (IFCE) diz que fará os esclarecimentos solicitados ao Ministério e continuará implementando ações para melhorar, ainda mais, a infraestrutura dos cursos citados.
Como é a avaliação
O CPC avalia o rendimento dos alunos, a infraestrutura e o corpo docente. Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa em 15% do total; a dedicação integral, 7,5% e o número de doutores, também 7,5%.
Em 2011, foram avaliados 8.665 cursos, sendo 6.083 do sistema federal de ensino, das áreas de ciências exatas, licenciaturas e áreas afins, bem como cursos dos eixos tecnológicos de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial.
Do total, 4.458 tiveram CPC satisfatório, sendo 1.272 federais e 3.186 particulares. Dos cursos avaliados, 672 tiveram CPC insatisfatório, sendo 124 federais e 548 particulares. Outros 1.114 cursos ficaram sem conceito.
Suspensão
Em dezembro, o MEC divulgou a lista de 207 cursos superiores que tiveram seus vestibulares suspensos por terem obtido índice insatisfatório (nota menor de 3) no Conceito Preliminar de Curso (CPC) nas últimas medições realizadas, em 2008 e 2011. Ao todo, o ingresso para 38.794 vagas estará suspenso.
Fonte:
                                                                                                                            Postado por:
                                                                                                           Simone Araújo da Silva Salvino
Graduanda do Curso de Pedagogia(UFCG) e Bolsistas do PET.
                                                                                                          
                                            

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

             MEC não concorda com 'pontos centrais' do texto do PNE, diz Mercadante.

 FLÁVIA FOREQUE                                                                                                                            

 DE BRASÍLIA

     Alguns artigos preveem punição para os gestores que não cumprirem o orçamento previsto para a educação ou as metas do plano. 



Uma semana depois de o PNE (Plano Nacional de Educação) ter sido aprovada em menos de cinco minutos por comissão do Senado Federal, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que a pasta não concorda com mudanças feitas pelo grupo.

O último texto da proposta, que reúne 20 metas para o setor na próxima década, seguiu relatório elaborado pelo senador tucano Álvaro Dias (PR). O documento foi aprovado num deslize da base aliada: o PSDB aproveitou o fato de ter o comando da comissão de Educação da Casa para aprovar rapidamente o texto sugerido por Dias.

"Há alguns pontos centrais em que não há acordo nem com o MEC e, ao que me consta, nem com os relatores na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] e de Assuntos Econômicos", disse o ministro nesta terça-feira (3) em relação aos grupos que analisaram o texto antes da Comissão de Educação.

Entre os pontos de divergência estão os artigos que preveem punição para os gestores que não cumprirem o orçamento previsto para educação ou as metas do plano. Para Mercadante, esse é um tema "que deve ser discutido com muita cautela".

"[Esse tema] Não estava no PNE da Câmara e não deveria estar no PNE do Senado. Essa é uma matéria que achamos que tem que ser tratada no âmbito do projeto de lei específico", disse o ministro. Ele também fez ressalvas à destinação para educação de 50% dos bônus de assinatura de contratos de partilha para produção de petróleo e gás.

"Não há nenhuma perspectiva de nenhum grande campo de petróleo a ser licitado num horizonte próximo. Então, não resolve o problema do financiamento. (...) Estamos muito longe de alcançar os 10% do PIB", disse.

Mercadante se reuniu na tarde de hoje com a liderança do PMDB para tratar do tema. Ele afirmou que o MEC espera que o tema tenha sua tramitação concluída no Legislativo ainda neste ano. Enviado ao Congresso Nacional pelo Executivo, o PNE é debatido pelos congressistas há três anos.

Fonte: 

www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/12/1380196-mec-nao-concorda-com-pontos-centrais-do-texto-do-pne-diz-mercadante.shtml

                                                                                                                                              Postado por:
                                                                                                                        
                                                                                                         Ayrla Julliana da Silva Costa.
                                                                       
                                                                       Graduanda do Curso de Pedagogia (UFCG) e Bolsita do PET.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Da relação direta entre ter de limpar seu banheiro você mesmo e poder abrir sem medo um Mac Book no ônibus

Excelente texto extraído do blog de Daniel Duclos, brasileiro que atualmente mora na Holanda. De uma lucidez impressionante.



A sociedade holandesa tem dois pilares muito claros: liberdade de expressão e igualdade. Claro, quando a teoria entra em prática, vários problemas acontecem, e há censura, e há desigualdade, em alguma medida, mas esses ideais servem como norte na bússola social holandesa.
Um porteiro aqui na Holanda não se acha inferior a um gerente. Um instalador de cortinas tem tanto valor quanto um professor doutor. Todos trabalham, levam suas vidas, e uma profissão é tão digna quanto outra. Fora do expediente, nada impede de sentarem-se todos no mesmo bar e tomarem suas Heinekens juntos. Ninguém olha pra baixo e ninguém olha por cima. A profissão não define o valor da pessoa – trabalho honesto e duro é trabalho honesto e duro, seja cavando fossas na rua, seja digitando numa planilha em um escritório com ar condicionado. Um precisa do outro e todos dependem de todos. Claro que profissões mais especializadas pagam mais. A questão não é essa. A questão é “você ganhar mais porque tem uma profissão especializada não te torna melhor que ninguém”.
Profissões especializadas pagam mais, mas não muito mais. Igualdade social significa menor distância social: todos se encontram no meio. Não há muito baixo, mas também não há muito alto. Um lixeiro não ganha muito menos do que um analista de sistemas. O salário mínimo é de 1300 euros/mês. Um bom salário de profissão especializada, é uns 3500, 4000 euros/mês. E ganhar mais do que alguém não torna o alguém teu subalterno: o porteiro não toma ordens de você só porque você é gerente de RH. Aliás, ordens são muito mal vistas. Chegar dando ordens abreviará seu comando. Todos ali estão em um time, do qual você faz parte tanto quanto os outros (mesmo que seu trabalho dentro do time seja de tomar decisões).
Esses conceitos são basicamente inversos aos conceitos da sociedade brasileira, fundada na profunda desigualdade. Entre brasileiros que aqui vêm para trabalhar e morar é comum – há exceções -  estranharem serem olhados no nível dos olhos por todos – chefe não te olha de cima, o garçom não te olha de baixo. Quando dão ordens ou ignoram socialmente quem tem profissão menos especializadas do que a sua, ficam confusos ao encontrar de volta hostilidade em vez de subserviência. Ficam ainda mais confusos quando o chefe não dá ordens – o que fazer, agora?
Os salários pagos para profissão especializada no Brasil conseguem tranquilamente contratar ao menos uma faxineira diarista, quando não uma empregada full time. Os salários pagos à mesma profissão aqui não são suficientes pra esse luxo, e é preciso limpar o banheiro sem ajuda – e mesmo que pague (bem mais do que pagaria no Brasil a) um ajudante, ele não ficará o dia todo a te seguir limpando cada poerinha sua, servindo cafézinho. Eles vêm, dão uma ajeitada e vão-se a cuidar de suas vidas fora do trabalho, tanto quanto você. De repente, a ficha do que realmente significa igualdade cai: todos se encontram no meio, e pra quem estava no Brasil na parte de cima, encontrar-se no meio quer dizer descer de um pedestal que julgavam direito inquestionável (seja porque “estudaram mais” ou “meu pai trabalhou duro e saiu do nada” ou qualquer outra justificativa pra desigualdade).
Porém, a igualdade social holandesa tem um outro efeito que é muito atraente pra quem vem da sociedade profundamente desigual do Brasil: a relativa segurança. É inquestionável que a sociedade holandesa é menos violenta do que a brasileira. Claro que aqui há violência – pessoas são assassinadas, há roubos. Estou fazendo uma comparação, e menos violenta não quer dizer “não violenta”.
O curioso é que aqueles brasileiros que queixam-se amargamente de limpar o próprio banheiro, elogiam incansavelmente a possibilidade de andar à noite sem medo pelas ruas, sem enxergar a relação entre as duas coisas. Violência social não é fruto de pobreza. Violência social é fruto de desigualdade social. A sociedade holandesa é relativamente pacífica não porque é rica, não porque é “primeiro mundo”, não porque os holandeses tenham alguma superioridade moral, cultural ou genética sobre os brasileiros, mas porque a sociedade deles tem pouca desigualdade. Há uma relação direta entre a classe média holandesa limpar seu próprio banheiro e poder abrir um Mac Book de 1400 euros no ônibus sem medo.
Eu, pessoalmente, acho excelente os dois efeitos. Primeiro porque acredito firmemente que a profissão de alguém não têm qualquer relação com o valor pessoal. O fato de ter “estudado mais”, ter doutorado, ou gerenciar uma equipe não te torna pessoalmente melhor que ninguém, sinto muito. Não enxergo a superioridade moral de um trabalho honesto sobre outro, não importa qual seja. Por trabalho honesto não quero dizer “dentro da lei” -  não considero honesto matar, roubar, espalhar veneno, explorar ingenuidade alheia, espalhar ódio e mentira, não me importa se seja legalizado ou não. O quanto você estudou pode te dar direito a um salário maior – mas não te torna superior a quem não tenha estudado (por opção, ou por falta dela). Quem seu paí é ou foi não quer dizer nada sobre quem você é. E nada, meu amigo, nada te dá o direito de ser cuzão. Um doutor que é arrogante e desonesto tem menos valor do que qualquer garçom que trata direito as pessoas e não trapaceia ninguém. Profissão não tem relação com valor pessoal.
Não gosto mais do que qualquer um de limpar banheiro. Ninguém gosta – nem as faxineiras no Brasil, obviamente. Também não gosto de ir ao médico fazer exames. Mas é parte da vida, e um preço que pago pela saúde. Limpar o banheiro é um preço a pagar pela saúde social. E um preço que acho bastante barato, na verdade.
Fonte:


                                                 Postado por:
Bruna Sonaly Diniz Bernardino
Kilma Wayne
Graduandas do Curso de Pedagogia(UFCG) e Bolsistas do PET.

sábado, 23 de novembro de 2013

XII Fórum Paraibano dos Grupos PET

O Fórum Paraibano dos Grupos PET é um evento realizado anualmente, unindo todos os Grupos PET do estado, com o objetivo de discutir questões relevantes para os grupos e para o programa como um todo. Os temas a serem abordados no Fórum são levados para a discussão no ENEPET (Encontro Nordestino dos Grupos PET), os quais, por sua vez, são discutidos no ENAPET (Encontro Nacional de Grupos PET).
Em 2013, o XII Fórum foi realizado no dia 09 de novembro na cidade de Areia, no Centro de Ciências Agrárias – UFPB, e o PET/Pedagogia da UFCG esteve presente.
O evento foi composto por Grupos de Trabalho, Grupos de Discussão, Reunião de Tutores, Reunião de PETianos e Assembléia Geral.
Assim como decido no XI Fórum Paraibano dos Grupos(2012), a representação discente  Paraibana fica a cargo de dois alunos de cada instituição. Os representantes eleitos da UFCG são: Thiago Almeida (PET/Computação) e Bruna Diniz (PET/Pedagogia).

PET/Computação(UFCG) e PET/Pedagogia(UFCG)

Abertura

Apresentação de trabalho



                             


                                                                                                                      Postado por:
Bruna Sonaly Diniz Bernardino
Vanessa Barbosa da Silva
 Graduandas do Curso de Pedagogia da UFCG e Bolsistas do PET.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

MEC poderá atender só a Educação Básica.


O MEC poderá atender só a Educação Básica. Pelo projeto do Senado, o Ensino Superior passaria para o Ministério de C&T.

     O Ministério da Educação (MEC) poderá ficar encarregado de atender apenas da Educação Infantil ao Ensino Médio. O projeto que transforma o MEC em Ministério da Educação de Base foi aprovado ontem na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Pelo texto, o Ensino Superior passaria a ser regulado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A matéria segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

    O autor do PLS 518/2009, senador Cristovam Buarque, argumenta que a mudança é necessária, pois o governo federal tem dado mais importância ao Ensino Superior do que à Educação Básica, "um erro grave", em sua opinião. Já o relator do projeto na Comissão, senador Aloysio Nunes, reconhece o mérito da proposta, embora frise que a União vem atuando, nos últimos anos, de maneira crescente na Educação Básica, em razão, até mesmo, da pressão do Parlamento para que o Poder Executivo assuma mais responsabilidades para com os sistemas de Ensino - atuação ainda tímida e insuficiente, na avaliação do senador.
 Aloysio, entretanto, apontou vício de iniciativa do projeto, já que a criação de ministérios e órgãos da administração pública é competência exclusiva da Presidência da República, assim como a organização e o funcionamento da administração federal, quando não implicar em aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Como a análise da constitucionalidade da proposta compete à CCJ, o relator apresentou parecer favorável para que a matéria prossiga na tramitação e seja reavaliada.



Fonte: CORREIO DO POVO - RS 
Postado por:
Vanderléia Lucena Meira
Graduanda do Curso de Pedagogia(UFCG) e Bolsista do PET.