quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cotas?


“A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quarta-feira (29) o texto da lei que reserva metade das vagas  em universidades e escolas técnicas federais a estudantes que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos”.





“(...) o ministro Marco Aurélio disse não ver motivo para haver cotas de acesso à universidade para alunos oriundos de escola pública. ‘Uma coisa é a busca do tratamento igualitário levando em conta a raça e o gênero. Outra coisa é fazer uma distinção pela escola de origem’, afirmou”.




Conforme Candido (1979) é na leitura de clássicos historiadores brasileiros, que tomamos conhecimentos dos fatos ocorridos no passado, a fim de compreender o presente em que vivemos. [Prefácio: O Significado de Raízes do Brasil]
Holanda (1995), evidencia claramente que EDUCAÇÃO, nunca foi prioridade no Brasil. Atualmente, com todas as metas do Governo Neoliberal, vemos cada vez mais impactante, as “propostas” de valorização, retificação, diminuição de analfabetismo, maior acesso às universidades, seja por meio do PROUNI, FIES ou pela institucionalização das cotas nas universidades. 
Porém, meros Paliativos. No caso mais restrito, nos referimos às cotas para as Universidades. É evidente, que muitos alunos oriundos da escola pública desejam sim o acesso ao Ensino Superior, e quicar uma vida de maior ascensão social. Mas, de que adianta ampliar as vagas, sem oferecer um ensino básico de qualidade?



O Filme“Pro dia Nascer Feliz”, mostra claramente que a distinção do ensino começa bem antes de chegar nas universidades (http://passapalavra.info/?p=19335) Na Escola!!



E você o que pensa sobre o assunto? Comente, demonstre sua opinião!


Referências:

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.





Postado por:
Micaelle Ribeiro do Nascimento e Pâmella Tamires Avelino de Sousa
Graduandas de Licenciatura em Pedagogia - UFCG
Bolsistas do Programa de Educação Tutorial - PET

Um comentário:

  1. Ao invés de dar condições igualitárias para os alunos do ensino médio da rede pública, se prefere adentrá-los no ensino superior com todas as suas dificuldades... Faremos agora cursos de alfabetização???? O Brasil precisa de política séria para a educação, que vislumbre a melhoria da qualidade em todos os sentidos. Acesso ao conhecimento não se faz em nas escolas públicas que temos, tampouco para os alunos que lá estão... Estes, são excluídos desde o nascimento, sendo sujeitos constituídos na miséria e para a miséria... A Universidade Pública será uma prorrogação da falência do modelo educacional da escola do ensino fundamental e médio... Eu compreendo que a política de cotas deva existir, se as condições forem apropriadas... Mas, da forma como se coloca, não concordo de forma alguma... Não é um curso superior que vai promover a emancipação de um sujeito que nem aprendeu a ler (aqui entende-se ler como fazer leituras de mundo) no decorrer de sua formação... O Ensino Superior pode e deve ser libertador, mas para que isso ocorra para as classes desfavorecidas, é preciso muito mais investimento e mudança no modelo de educação básica pública que aí está....

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