quarta-feira, 30 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
CAMPANHA
"Cid, doe seu SALÁRIO e GOVERNE por AMOR !
"Cid, doe seu SALÁRIO e GOVERNE por AMOR !
Hoje vou brincar de professor de matemática. Vou passar alguns problemas para vocês resolverem.
Problema nº1
Um professor trabalha 5 horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia?
Resposta: 200 alunos dia.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por Mês?
Resposta: 4.400 alunos por mês.
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveram pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos, diárias. Quanto é a fatura do professor por dia?
R: 160,00 reais diários
Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor?
R: Final do mês ele terá a faturado R$ 3.520,00.
Problema nº2
O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento?
Resposta: aproximadamente 0,27 mensais
(vixe valemos menos que o pacote de pipoca)... Continuando os exercícios...
Problema nº3
Um professor de padrão de vida simples, solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis:
Sindicato: R$12,00reais
Aluguel: R$350,00reais ( pra não viver confortável)
Água/energia elétrica: R$100,00 reais (usando o mínimo)
Acesso à internet: R$60,00 reais
Telefone: R$30,00 reais (com restrições de ligações)
Instituto de previdência: R$150,00 reais
Cesta básica: R$500,00 reais
Transporte: sem dinheiro
Roupas: promocionais
Quanto um professor gasta em um mês?
Total das despesas: R$1202,00
Qual o saldo mensal de um professor?
Saldo mensal: R$1187,00 – 1202 = 15 REAIS, PASSANDO NECESSIDADES
Agora eu te pergunto:
Agora olhem a pérola que o Sr. Governador do Ceará disse:" Quem quiser dar aula faça isso por gosto, e não pelo salário.
Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado "
Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado "
Cid Gomes - Governador(_) do Ceará
O GOVERNADOR DEVE ABRIR MÃO DE SEU SALÁRIO E GOVERNAR POR AMOR???
O GOVERNADOR DEVE ABRIR MÃO DE SEU SALÁRIO E GOVERNAR POR AMOR???
Postado por:
Pâmella Tamires Avelino de Sousa
Graduanda em Licenciatura em
Pedagogia - UFCG
Bolsista do Programa de Educação
Tutorial - PET
A Autonomia da USP!
por Lincoln Secco, Livre Docente em História Contemporânea na USP
Não é comum ver livros como armas. Enquanto no dia 27 de outubro de 2011 a imprensa mostrou os alunos da FFLCH da USP como um bando de usuários de drogas em defesa de seus privilégios, nós outros assistimos jovens indignados, mochila nas costas e livros empunhados contra policiais atônitos, armados e sem identificação, num claro gesto de indisciplina perante a lei. Vários alunos gritavam: “Isto aqui é um livro!”.
Curioso que a geração das redes sociais virtuais apresente esta capacidade radical de usar novos e velhos meios para recusar a violação de nossos direitos. No momento em que o conhecimento mais é ameaçado, os livros velhos de papel, encadernados, carimbados pela nossa biblioteca são erguidos contra o arbítrio.
Os policiais que passaram o dia todo da ultima quinta feira revistando alunos na biblioteca e nos pátios, poderiam ter observado no prédio de História e Geografia vários cartazes gigantes dependurados. Eram palavras de ordem. Algumas vetustas. Outras “impossíveis”. Muitas indignadas. E várias poéticas… É assim uma universidade.
A violação da nossa autonomia tem sido justificada pela necessidade de segurança e a imagem da FFLCH manchada pela ação deliberada dos seus inimigos. A Unidade que mais atende os alunos da USP, dotada de cursos bem avaliados até pelos duvidosos critérios de produtividade atuais, é uma massa desordenada de concreto com salas superlotadas e realmente inseguras. Mas ainda assim é a nossa Faculdade!
É inaceitável que um espaço dedicado á reflexão, ao trabalho, à política, às artes e também à recreação de seus jovens estudantes seja ameaçado pela força policial. Uma Universidade tem o dever de levar sua análise crítica ao limite porque é a única que pode fazê-lo. Seus equívocos devem ser corrigidos por ela mesma. Se ela é incapaz disso, não é mais uma universidade.
A USP não está fora da cidade e do país que a sustenta. Precisa sim de um plano de segurança próprio como outras instituições têm. Afinal, ninguém ousaria dizer que os congressistas de Brasília têm privilégios por não serem abordados e revistados por Policiais. A USP conta com entidades estudantis, sindicatos e núcleos que estudam a intolerância, a violência e a própria polícia.
Ela deve ter autonomia sim. Quando Florestan Fernandes foi preso em 1964, ele escreveu uma carta ao Coronel que presidia seu inquérito policial militar explicando-lhe que a maior virtude do militar é a disciplina e a do intelectual é o espírito crítico… Que alguns militares ainda não o saibam, é compreensível. Que dirigentes universitários o ignorem, é desesperador.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Dia dos Professores!
No dia 17 de outubro o PET-Pedagogia, junto a coordenação do curso realizou uma simples homenagem aos nossos Professores, e alunos (futuros ou professores). A profissão não é simples, e atualmente acarreta dificuldades além das ordens de desprestigio social, como a intensificação do trabalho docente. Nesse contexto, que o curso vem trabalhando, demonstrando aos alunos /professores, que esta não é uma atividade simples. Mas, é a profissão que constitui todas as outras profissões sociais.
PETiana e Coordenadora do Curso
PETianas e alunos
Professoras e alunos
Agradecemos a colaboração do Aluno Danilo do 2º Período.
Postado por:
Pâmella Tamires Avelino de Sousa
Graduanda em Pedagogia
Bolsista do Programa de Educação Tutorial
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Seminário Temático
O Grupo PET realizou o Seminário Temático "A Mobilização do Conhecimento da Aula Expositiva : Efeitos de Ações Sociocognitivas " , ministrado pela professora Dr. Roziane Marinho .Aqui disponibilizamos o resumo da tese, e logo mais , as fotos da apresentação.
RESUMO
O conhecimento constitui-se num objeto de estudo que vem despertando cada vez mais o interesse de muitos pesquisadores na área da Linguística, sobretudo da Linguística Cognitiva, interessada em investigar os fenômenos epistemológicos e os processos de construção do conhecimento na sua relação com a linguagem. Assim, buscamos, nesta tese, ampliar esse quadro investigativo, tomando como foco de pesquisa o processo de mobilização do conhecimento. Este trabalho se mostra de grande valia dentro dos limites do paradigma sociocognitivo, que assinala para a necessidade de mais investimentos por parte dos pesquisadores, que possibilitem expandir os produtos científicos dessa área de estudo, ainda pouco visitada e pouco compreendida. Como se processa a mobilização do conhecimento na aula expositiva, sob efeitos de ações sociocognitivas? Este é o nosso problema investigativo e, na busca de encontrar respostas para ele, analisamos as ações linguístico-discursivas e linguístico-cognitivas envolvidas no processo de mobilização do conhecimento na aula expositiva. Encontramos na pesquisa qualitativa o alicerce metodológico necessário para a realização dos nossos propósitos. Assim, seguindo os procedimentos da pesquisa descritivo-interpretativista, construímos o corpus a partir da observação e gravação, em vídeo, de aulas expositivas, realizadas em diversos Cursos de Graduação, em duas instituições de ensino superior. A análise dos dados está fundamentada nos princípios gerais da Linguística Cognitiva de base social, dos Estudos Críticos do Discurso - ECD e da Filosofia habermasiana. Ao analisarmos o agir linguístico de professores e alunos em momentos de interação na aula expositiva, observamos, inicialmente, o papel fundamental que a linguagem ocupa no processo de mobilização do conhecimento, porque somente através dela o conhecimento toma forma; e num ângulo correspondente, observamos que esta mobilização se dá em função de várias ações sociocognitivas que ativam processos de natureza discursiva, cognitiva e social envolvidos no movimento de construção, socialização e sistematização do conhecimento. Do resultado desta análise, três assertivas podem ser destacadas: as molduras comunicativas e as camadas de ações de linguagem operam, respectivamente, gerando outras molduras de conhecimento e domínios de ações distintos, nos quais o conhecimento é experienciado pelos sujeitos; o manejo do conhecimento na dimensão cognitiva apresenta marcas do “efeito catraca” e dos modelos cognitivos idealizados (MCI); o conhecimento se manifesta discursivamente em ações de validação, de adaptação e manejo ideológico, de regulação, de construção e de compartilhamento, através das quais os sujeitos atuam em vários eventos comunicativos, motivados por intenções e fatores relacionados às práticas sociais.
Palavras-chave: Conhecimento. Mobilização. Aula expositiva. Linguagem. Cognição.
Fotos
sábado, 1 de outubro de 2011
Dirigentes municipais debaterão plano para os próximos 10 anos
O Ministério da Educação promoverá, de terça-feira, 3, até sexta, 7 de outubro, em Brasília, a 12ª Reunião do Grupo de Trabalho das Capitais e Grandes Cidades. Entre os temas em debate estarão o novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o período 2011-2020, a Prova Brasil e o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).
O encontro, que será realizado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), reunirá os secretários de educação das capitais das 27 unidades de Federação e dos 114 municípios do país com mais de 150 mil habitantes. Entre os temas, destaca-se o PNE, com o planejamento da educação nacional para os próximos dez anos. O projeto de lei foi enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional em dezembro de 2010. No Legislativo, o texto recebeu aproximadamente três mil emendas, que passam por análise dos parlamentares.
Os secretários também vão discutir a Prova Brasil, que será aplicada em novembro nas escolas da educação básica. Esse exame é um dos principais itens que compõem o Ideb. Também estarão na pauta a educação inclusiva, o programa Saúde na Escola, a gestão educacional e o programa Mais Educação, de ensino em tempo integral.
Para falar sobre a qualidade da educação, foi convidado o diretor da Escola de Educação da universidade norte-americana de Harvard, Fernando Reimers. Ele também coordenará painel sobre experiências de educação inclusiva, no qual serão apresentadas duas experiências brasileiras e uma dos Estados Unidos.
No fim do encontro, técnicos da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação orientarão os secretários municipais sobre o preenchimento do Plano de Ações Articuladas (PAR) para o período 2011-2014.
Ionice Lorenzoni
O encontro, que será realizado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), reunirá os secretários de educação das capitais das 27 unidades de Federação e dos 114 municípios do país com mais de 150 mil habitantes. Entre os temas, destaca-se o PNE, com o planejamento da educação nacional para os próximos dez anos. O projeto de lei foi enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional em dezembro de 2010. No Legislativo, o texto recebeu aproximadamente três mil emendas, que passam por análise dos parlamentares.
Os secretários também vão discutir a Prova Brasil, que será aplicada em novembro nas escolas da educação básica. Esse exame é um dos principais itens que compõem o Ideb. Também estarão na pauta a educação inclusiva, o programa Saúde na Escola, a gestão educacional e o programa Mais Educação, de ensino em tempo integral.
Para falar sobre a qualidade da educação, foi convidado o diretor da Escola de Educação da universidade norte-americana de Harvard, Fernando Reimers. Ele também coordenará painel sobre experiências de educação inclusiva, no qual serão apresentadas duas experiências brasileiras e uma dos Estados Unidos.
No fim do encontro, técnicos da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação orientarão os secretários municipais sobre o preenchimento do Plano de Ações Articuladas (PAR) para o período 2011-2014.
Ionice Lorenzoni
Fonte: http://portal.mec.gov.br/
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Pâmella Tamires Avelino de Sousa
Graduanda em Pedagogia
Bolsista do Programa de Educação Tutorial
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Lei 12.499 garante recursos a novas creches que Fundeb não atende
As novas creches e pré-escolas receberão recursos do Ministério da Educação até que passem a ser atendidas pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o que só acontece depois de incluídas no Censo Escolar, ou seja, no ano seguinte à sua criação. A lei 12.499, publicada nesta sexta-feira, 30, no Diário Oficial da União, autoriza a União a transferir recursos aos municípios e ao Distrito Federal para prestar apoio financeiro à manutenção de novos estabelecimentos públicos de educação infantil.
Podem receber os recursos creches e pré-escolas construídas com recursos de programas federais, que estejam em funcionamento. O MEC dispõe de R$ 88 milhões para as ações de custeio.
Segundo o diretor de apoio aos sistemas públicos de ensino e promoção da infraestrutura física e tecnológica do MEC, Romeu Caputo, a transferência será feita rapidamente e a lei determina a cobertura do lapso de tempo entre a inauguração da escola e o repasse de recursos federais. “A prefeitura construía a creche e a pré-escola e passava a atender essas crianças, mas não tinha como declará-las no Censo Escolar e só vinha a receber os recursos no ano seguinte.”
Em breve, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicará resolução que informará o procedimento necessário para o cadastramento das novas creches e pré-escolas no sistema do Ministério da Educação.
Diego Rocha
Podem receber os recursos creches e pré-escolas construídas com recursos de programas federais, que estejam em funcionamento. O MEC dispõe de R$ 88 milhões para as ações de custeio.
Segundo o diretor de apoio aos sistemas públicos de ensino e promoção da infraestrutura física e tecnológica do MEC, Romeu Caputo, a transferência será feita rapidamente e a lei determina a cobertura do lapso de tempo entre a inauguração da escola e o repasse de recursos federais. “A prefeitura construía a creche e a pré-escola e passava a atender essas crianças, mas não tinha como declará-las no Censo Escolar e só vinha a receber os recursos no ano seguinte.”
Em breve, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicará resolução que informará o procedimento necessário para o cadastramento das novas creches e pré-escolas no sistema do Ministério da Educação.
Diego Rocha
Fonte: http://portal.mec.gov.br/
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Pâmella Tamires Avelino de Sousa
Graduanda em Licenciatura em
Pedagogia - UFCG
Bolsista do Programa de Educação
Tutorial - PET
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Tablets: INCLUSÃO digital?
O MEC (Ministério da Educação) vai distribuir tablets – computadores pessoais portáteis do tipo prancheta, da espessura de um livro – a escolas públicas a partir do próximo ano. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante palestra a editores de livros escolares, na 15ª Bienal do Livro. O objetivo, segundo o ministro, é universalizar o acesso dos alunos à tecnologia.
Haddad afirmou que o edital para a compra dos equipamentos será publicado ainda este ano. “Nós estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais. Temos portais importantes, como o Portal do Professor e o Portal Domínio Público. São 13 mil objetos educacionais digitais disponíveis, cobrindo quase toda a grade do ensino médio e boa parte do ensino fundamental.”
O ministro disse que o MEC está em processo de transformação. “Precisamos, agora, dar um salto, com os tablets. Mas temos que fazer isso de maneira a fortalecer a indústria, os autores, as editoras, para que não venhamos a sofrer um problema de sustentabilidade, com a questão da pirataria.”
Haddad não soube precisar o volume de tablets que será comprado pelo MEC, mas disse que estaria na casa das “centenas de milhares”. Ele destacou que a iniciativa está sendo executada em parceria com o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia).
"O MEC, neste ano, já publica o edital de tablets, com produção local, totalmente desonerado de impostos, com aval do Ministério da Fazenda. A ordem de grandeza do MEC é de centenas de milhares. Em 2012, já haverá uma escala razoável na distribuição de tablets."
terça-feira, 6 de setembro de 2011
A doença da educação brasileira é ideologia. E seu nome é petismo.
No post anterior, há um retrato do ensino no Brasil, revelado pela Prova ABC. É uma vergonha! Digam o que disserem, acreditem: não chegamos a isso por falta de verba. Dada a realidade do país, o Brasil gasta bastante com a educação. Não dispomos é de mecanismos eficazes para avaliar a qualidade do trabalho feito nas escolas e intervir para corrigir as deficiências.
Sempre que o debate é colocado, tudo termina na ladainha sindical de sempre: se os professores fossem mais bem pagos, tudo seria diferente. Essa é uma das falácias mais influentes no setor. Seria estúpido afirmar que salários maiores fariam mal aos alunos — e, com efeito, há realidades dramáticas em certas áreas do país. A verdade insofismável, no entanto, é que o aumento da remuneração poderia fazer bem aos professores sem mudar uma vírgula na qualidade de ensino.
Há um coquetel de problemas que resulta nesse desastre. Embora tenham naturezas distintas, têm algo em comum: desprezam o aluno, que deixou de ser o centro da preocupação das escolas — em especial, dos educadores. Vamos ver. Os estados e municípios, pouco importa o salário que paguem, não dispõem de mecanismos para promover os competentes e punir os incompetentes.
O estado de São Paulo, na gestão Serra, instituiu um sistema de promoção salarial por mérito. A escola melhorou, provaram os exames. Os petista-cutistas da Apeoesp foram às ruas protestar. Chegaram a queimar livros didáticos em praça pública, os fascistas! Neste momento, a Apeoesp tenta negociar com a Secretaria da Educação o fim do modelo. Os valentes não querem saber de mérito. Eles gostam é do demérito que iguala todos por baixo. Os alunos que se danem! No Brasil inteiro, a educação é refém da militância política, especialmente a petista — quando não está entregue a radicais à esquerda do PT.
Embora as escolas privadas não sejam lá grande coisa, já demonstraram alguns outros indicadores, a Prova ABC evidencia que o desempenho dos estudantes dessas instituições é muito superior ao das escolas públicas. A razão é simples: a cobrança é maior.
O ensino — também em boa parte das escolas privadas, note-se — está corroído por uma doença ideológica. Boa parte dos “educadores” acredita que sua função não é ensinar português, matemática e ciências, mas princípios de cidadania, com o objetivo de formar “indivíduos conscientes”. Alunos seriam pessoas “oprimidas”, que precisam passar por um processo de “libertação”. O mal que a paulo-freirização fez à escola levará gerações para ser superado. Todos os mitos ideológicos que Paulo Freire criou com seu método de alfabetização de adultos foram transferidos para a educação de crianças e jovens. O resultado é devastador. Escrevo sobre esse assunto há anos. Era um dos temas recorrentes da revista e site Primeira Leitura.
À pedagogia “libertadora” de Paulo Freire se juntou, mais recentemente, a turma da “pedagogia do amor”, de que Gabriel Chalita é um dos formuladores. Em vez de educar, o professor liberta; em vez de educar, o professor ama. Se toda essa conversa mole der errado, há o risco até de a escola ensinar alguma coisa. O fato é que o cruzamento de Freire com Chalita resulta em ignorância propositiva e amorosa.
Enquanto objetivos claros não forem estabelecidos e enquanto as várias esferas do estado não dispuserem de instrumentos de intervenção para exigir qualidade, podem esquecer. A reação bucéfala às medidas modernizadoras implementadas pelo governo Serra, em São Paulo, demonstra que a raiz do problema é, sim, ideológica. O sindicato dos professores foi usado como mero instrumento da luta política. De dia, a presidente da entidade, a notória Bebel, fazia passeata; à noite, encontrava-se com Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e era tratada como heroína.
E uma última questão por ora: deixem um pouco o sociologismo fora disso. Essa conversa de que é impossível ensinar alunos com fome, vindos de lares desestruturados etc. não cola mais. A fome é exceção no Brasil. A imensa maioria das famílias pobres é mais organizada e hierarquizada do que as de classe média e média-alta — o tal “povo” é bastante conservador nessas coisas. Desorganizado e desestruturado, no que concerne à educação, é o estado brasileiro.
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