quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Verdades da Profissão de Professor

Paulo Freire

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Postado por:
Vanessa Barbosa da Silva, aluna do 5° período e Tatiana de Oliveira Leite, aluna do 7º período do curso de Pedagogia UFCG - bolsistas do PET-Pedagogia.

Historiadores repudiam matéria da revista Veja sobre Eric Hobsbawm



Associação afirma que a revista foi desrespeitosa, irresponsável e ideológica  
Da Redação*

Revista Veja classificou o historiador marxista Eric Hobsbawn como um “idiota moral” 

No dia 1º de outubro, o mundo despediu-se de Eric Hobsbawn. O historiador marxista, tido como um dos maiores intelectuais do século XX, faleceu aos 95 anos.
Três dias após a morte do historiador, a revista Veja publicou em seu site a matéria, A imperdoável cegueira ideológica da Hobsbawm, onde logo na primeira frase classifica o autor como um “idiota moral”.
Na última sexta-feira (5), a Associação Nacional de História (ANPUH) publicou uma nota, por meio de sua página no Facebook, na qual repudia a crítica da Veja ao historiador inglês. A nota afirma que o tratamento dado pela Veja a Hobsbawn foi desrespeitoso, irresponsável e ideológico.
“Talvez Veja, tão empobrecida em sua análise, imagine o mundo separado em coerências absolutas: o bem e o mal. E se assim for, poderá ser ela, Veja, lembrada como de fato é: medíocre, pequena e mal intencionada”, finalizou a entidade.
Leia abaixo a íntegra da nota de repúdio
Resposta à revista VEJA
Eric Hobsbawm: um dos maiores intelectuais do século XX
Na última segunda-feira, dia 1 de outubro, faleceu o historiador inglês Eric Hobsbawm. Intelectual marxista, foi responsável por vasta obra a respeito da formação do capitalismo, do nascimento da classe operária, das culturas do mundo contemporâneo, bem como das perspectivas para o pensamento de esquerda no século XXI. Hobsbawm, com uma obra dotada de rigor, criatividade e profundo conhecimento empírico dos temas que tratava, formou gerações de intelectuais. Ao lado de E. P. Thompson e Christopher Hill liderou a geração de historiadores marxistas ingleses que superaram o doutrinarismo e a ortodoxia dominantes quando do apogeu do stalinismo. Deu voz aos homens e mulheres que sequer sabiam escrever. Que sequer imaginavam que, em suas greves, motins ou mesmo festas que organizavam, estavam a fazer História. Entendeu assim, o cotidiano e as estratégias de vida daqueles milhares que viveram as agruras do desenvolvimento capitalista. Mas Hobsbawm não foi apenas um “acadêmico”, no sentido de reduzir sua ação aos limites da sala de aula ou da pesquisa documental. Fiel à tradição do “intelectual” como divulgador de opiniões, desde Émile Zola, Hobsbawm defendeu teses, assinou manifestos e escolheu um lado. Empenhou-se desta forma por um mundo que considerava mais justo, mais democrático e mais humano. Claro está que, autor de obra tão diversa, nem sempre se concordará com suas afirmações, suas teses ou perspectivas de futuro. Esse é o desiderato de todo homem formulador de ideias. Como disse Hegel, a importância de um homem deve ser medida pela importância por ele adquirida no tempo em que viveu. E não há duvidas que, eivado de contradições, Hobsbawm é um dos homens mais importantes do século XX.
Eis que, no entanto, a Revista Veja reduz o historiador à condição de “idiota moral” (cf. o texto “A imperdoável cegueira ideológica da Hobsbawm”, publicado em www.veja.abril.com.br). Trata-se de um julgamento barato e despropositado a respeito de um dos maiores intelectuais do século XX. Veja desconsidera a contradição que é inerente aos homens. E se esquece do compromisso de Hobsbawm com a democracia, inclusive quando da queda dos regimes soviéticos, de sua preocupação com a paz e com o pluralismo. A Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil) repudia veementemente o tratamento desrespeitoso, irresponsável e, sim, ideológico, deste cada vez mais desacreditado veículo de informação. O tratamento desrespeitoso é dado logo no início do texto “historiador esquerdista”, dito de forma pejorativa e completamente destituído de conteúdo. E é assim em toda a “análise” acerca do falecido historiador. Nós, historiadores, sabemos que os homens são lembrados com suas contradições, seus erros e seus acertos. Seguramente Hobsbawm será, inclusive, criticado por muitos de nós. E defendido por outros tantos. E ainda existirão aqueles que o verão como exemplo de um tempo dotado de ambiguidades, de certezas e dúvidas que se entrelaçam. Como historiador e como cidadão do mundo. Talvez Veja, tão empobrecida em sua análise, imagine o mundo separado em coerências absolutas: o bem e o mal. E se assim for, poderá ser ela, Veja, lembrada como de fato é: medíocre, pequena e mal intencionada.
São Paulo, 05 de outubro de 2012
Diretoria da Associação Nacional de História
ANPUH-Brasil
Gestão 2011-2013
*Com informações do Vi o mundo.

 
Postado por:
Vanessa Barbosa da Silva, aluna do 5° período e Tatiana de Oliveira Leite, aluna do 7º período do curso de Pedagogia UFCG - bolsistas do PET-Pedagogia.

sábado, 6 de outubro de 2012

Professor





Não é novidade a desvalorização e desqualificação da ação docente no Brasil, comparando com outros países, o Professor Brasileiro, é o profissional mais mal pago. Mesmo diante de tal situação, como diz Saviani (2008) o professor é o detentor do trabalho não-material, educa, a fim de auxiliar o processo de desenvolvimento humano, ou seja, produz para o consumo dos educandos. E, embora diante de tal situação, convivemos em um país, no qual valorizar tal ação é desprezada. Afinal, trabalhador bem remunerado, trabalha com mais disposição, e consequentemente na educação, produz mais mentes questionadoras.

Conforme divulgado no Estadão:

Professor do ensino fundamental no País é um dos mais mal pagos do mundo
Professores brasileiros em escolas de ensino fundamental têm um dos piores salários de sua categoria em todo o mundo e recebem uma renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. É o que mostram levantamentos realizados por economistas, por agências da ONU, Banco Mundial e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Prestes a comemorar o Dia Internacional do Professor, amanhã, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou um alerta, apontando que a profissão em vários países emergentes está sob "forte ameaça" diante dos salários baixos.
Num estudo realizado pelo banco UBS em 2011, economistas constataram que um professor do ensino fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio dessa categoria em Zurique seria de US$ 104,6 mil por ano (mais informações nesta página).
Numa lista de 73 cidades, apenas 17 registraram salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. Em praticamente toda a Europa, Estados Unidos e Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do ensino fundamental em São Paulo.
Guy Ryder, o novo diretor-geral da OIT, emitiu um comunicado ontem no qual apela para que governos adotem estratégias para motivar pessoas a se tornarem professores. Sua avaliação é de que, com salários baixos, a profissão não atrai gente qualificada. O resultado é a manutenção de sistemas de educação de baixo nível. "Muitos não consideram dar aulas como uma profissão com atrativos", disse. Para Ryder, a educação deve ser vista por governos como "um dos pilares do crescimento econômico".
Outro estudo - liderado pela própria OIT e pela UNESCO (órgão da ONU para educação, ciência e cultura) e realizado com base em dados do final da década passada - revelou que professores que começam a carreira no Brasil têm salários bem abaixo de uma lista de 38 países, da qual apenas Peru e Indonésia pagam menos. O salário anual médio de um professor em início de carreira no País chegava a apenas US$ 4,8 mil. Na Alemanha, esse valor era de US$ 30 mil por ano.
Em um terceiro levantamento, a OCDE apontou que salários de 2009 no grupo de países ricos tinham uma média de US$ 39 mil por ano no caso de professores do ensino fundamental com 15 anos de experiência. O Brasil foi um dos poucos a não fornecer os dados para o estudo da OCDE.
Numa comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do ensino fundamental também estão abaixo da média do País. De acordo com o Banco Mundial, o PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano. O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor, segundo os dados do UBS.
Já a OCDE alerta que professores do ensino fundamental em países desenvolvidos recebem por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão.
Na Coréia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional. O Fórum Econômico Mundial apontou recentemente a Coréia como uma das economias mais dinâmicas do mundo e atribuiu a valorização da educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21.

Fontes:
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Campinas – SP. Autores Associados, 2008.  (Coleção educação Contemporânea)

http://estadao.br.msn.com/ciencia/professor-do-ensino-fundamental-no-pa%C3%ADs-%C3%A9-um-dos-mais-mal-pagos-do-mundo



Postado por:
Micaelle Ribeiro do Nascimento e Pâmella Tamires Avelino de Sousa
Graduandas de Licenciatura em Pedagogia - UFCG
Bolsistas do Programa de Educação Tutorial - PET

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Edital Seleção PET/Pedagogia



Universidade Federal de Campina Grande
Centro de Humanidades
Unidade Acadêmica de Educação
Curso de Pedagogia
Programa de Educação Tutorial – PET

Seleção de Bolsistas – 2012
EDITAL N° 01/2012
               
A Coordenação do Curso de Pedagogia e a Tutoria do Grupo PET/Pedagogia divulgam, pelo presente edital, as inscrições para a seleção de bolsistas para o Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Campina Grande, Campus I, para o preenchimento de duas vagas, em conformidade com as disposições a seguir apresentadas.

1 – Período, local e horário de inscrição
 Os candidatos poderão inscrever-se no período de 01 a 10/10/2012, na Secretaria da Unidade Acadêmica de Educação, nos turnos matutino, vespertino e noturno – das 8h às 11h30min, das 14h às 17h e das 18h30min às 21h, respectivamente.

2 – Requisitos e documentação exigidos para inscrição
Poderão inscrever-se alunos do Curso de Pedagogia do Centro de Humanidades da UFCG que atendam aos seguintes requisitos:
a)    estarem regularmente matriculados, no semestre letivo 2012.1, do 2º ao 4º período, quando aluno do turno diurno, e do 2º ao 6º período, quando aluno do turno noturno;
b)    possuírem coeficiente de rendimento acadêmico (CRA) igual ou superior a 7,0, sem qualquer reprovação.
               
Para efetivar a inscrição, o candidato deverá entregar a seguinte documentação:
a) ficha de inscrição devidamente preenchida;
b) cópia do histórico escolar;
c) cópia do RDM relativo ao semestre 2012.1;
d) curriculum vitae resumido (Anexo A);
e) declaração de que não acumulará bolsas nem manterá vínculo empregatício ou qualquer atividade ocupacional, durante sua permanência no grupo PET.

3 – Processo de seleção

3.1. Etapas - a seleção dos candidatos constará de duas etapas:
a)        a primeira, de caráter eliminatório, compreenderá uma atividade de expressão oral, uma avaliação escrita e um debate. Somente os candidatos que obtiverem nota igual ou superior a 7,0 (sete) na primeira etapa poderão participar da segunda;
b)        a segunda etapa, de caráter classificatório, constará de uma entrevista e da análise do perfil acadêmico do candidato (histórico escolar e curriculum vitae) .

3.2. Conteúdo:
·           prova escrita – referências discriminadas no Anexo B;
·           debate – compreensão e posicionamento crítico acerca da temática abordada em um filme, projetado na ocasião, estabelecendo relação com os textos indicados;
·           entrevista - perfil do candidato, regulamentação do Programa (PET – Manual de Orientações Básicas) e atividades do Grupo PET/Pedagogia.



3.3. Calendário

Atividade
Data e hora
Local
Atividade de expressão oral
16/10/2012, às 14h


UAEd
Avaliação escrita
17/10/2012, às 14h
Debate
19/10/2012, às 14h
Publicação resultado parcial
22/10/2012, às 9h
Entrevistas
23 e 24/10/2012, a partir das 14 h.
Publicação resultado final
29/10/2012, às 9 h.
Campina Grande, 01 de outubro de 2012.




ANEXO A
CURRICULUM VITAE
MODELO

1.       Dados de identificação
Nome completo; RG; CPF; Endereço atual; Telefone; E-mail

2.         Dados acadêmicos
Outro curso de graduação
Participação em cursos ou projetos de extensão
Participação em projetos de pesquisa
Participação em eventos científico-acadêmicos
Trabalhos apresentados ou publicados
Outras informações relevantes

3.         Experiência profissional (discriminação e período)

4.         Áreas de estudo ou interesse, no campo da educação


ANEXO B
Referências para o processo seletivo 2012

CHAUÍ, Marilena. Escritos sobre a universidade. São Paulo: Editora UNESP, 2001. p. 115-134.

COUTINHO, Carlos Nelson. A democracia na batalha das ideias e nas lutas políticas do Brasil e de hoje. In: FÁVERO, Osmar; SEMERARO, Giovanni (org.). Democracia e construção do público no pensamento educacional brasileiro. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 11-32.

SOUZA, Antônio Lisboa de. A reforma decretada: tendências e perspectivas para a educação superior pública brasileira. In: CABRAL NETO, Antônio Cabral; NASCIMENTO, Ilma Vieira do; CHAVES, Vera Jacob (org.). Política de expansão da educação superior no Brasil: democratização às avessas. São Paulo: Xamã, 2011. p. 103-120.