Uma das
grandes filósofas e pensadoras da Filosofia Brasileira, ex-Secretária Municipal
de Cultura de São Paulo, de 1989 a 1992, Marilena de Souza Chauí
nasceu na cidade de São Paulo, no dia 4 de setembro de 1941. Ela é filha do
jornalista Nicolau Chauí e da professora Laura de Souza Chauí.
Marilena iniciou seus estudos no Grupo Escolar de Pindorama, interior
paulista, onde realizou o curso primário. Ela deu sequência à sua formação
secundária no Colégio Nossa Senhora do Calvário, na cidade de Catanduva,
concluindo-o no Colégio Estadual Presidente Roosevelt, na capital.
A filósofa ingressou no curso de filosofia da Universidade de São Paulo
em 1960, graduando-se em 1965. Ela defendeu sua dissertação de mestrado,
intitulada Merleau-Ponty e a crítica do humanismo, em 1967, orientada pelo
Professor Doutor Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior. Neste mesmo ano ela deu
início ao seu doutorado na França, defendendo tese sobre o filósofo Espinosa,
em 1971, também na USP, sob a orientação da Doutora Gilda Rocha de Mello e
Souza.
Sua tese de livre-docência foi igualmente defendida na Universidade de
São Paulo, em 1977, com o título A nervura do real: Espinosa e a questão da
liberdade. Neste trabalho ela aborda temas como imanência; liberdade;
necessidade; servidão; beatitude e paixão.
Marilena prestou concurso em 1987 e conquistou o cargo de professora
titular de filosofia. Ela ministra aulas no Departamento de Filosofia da
Universidade de São Paulo, tendo se especializado em História da Filosofia
Moderna e em Filosofia Política. Atualmente Chauí é historiadora de filosofia
brasileira, Professora de Filosofia Política e História da Filosofia Moderna da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
– a FFLCH-USP.
Respeitada não apenas por sua obra acadêmica, mas também pela intensa e
frequente ação no âmbito intelectual e político brasileiro, ela é também
integrante do Partido dos Trabalhadores, instituição que ela ajudou a criar,
membro do Diretório Estadual e, depois, do Diretório Municipal do PT. Sua
atuação à frente da Secretaria Municipal de Cultura ocorreu na gestão da ex-Prefeita
Luiza Erundina. Ela participa igualmente da Comissão Teotônio Vilela.
Sua produção acadêmica conquistou grande êxito, mas alguns de seus
trabalhos, escritos em estilo didático e singelo, de fácil compreensão,
propiciam seu sucesso também entre as pessoas leigas, desvinculadas do universo
acadêmico. Seu livro O que é Ideologia, publicado pela Editora Brasiliense, na
Coleção Primeiros Passos, foi recorde de vendas, alcançando a cifra dos cem mil
exemplares vendidos.
Marilena é Presidente da Associação
Nacional de Estudos Filosóficos do século XVII, Doutora Honoris Causa pela
Universidade de Paris VIII e Doutora Honoris Causa pela Universidad Nacional de
Córdoba, da Argentina. Atualmente ela desenvolve uma pesquisa sobre A
elaboração espinosana de uma ciência dos afetos – ruptura com a tradição da
contingência e afirmação da necessidade, dentro da Faculdade de Filosofia da
USP. Em sua obra é possível encontrar temas como ideologia, cultura,
universidade pública, entre outros. Destacam-se os livros Repressão Sexual, Da
Realidade sem Mistérios ao Mistério do Mundo, Introdução à História da
Filosofia, Convite à Filosofia, A Nervura do Real, Simulacro e poder, entre
outros.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4727003P3
Postado por:
Tatiana de Oliveira Leite, aluna do 8º período e Vanessa
Barbosa da Silva, aluna do 6° período do curso de Pedagogia UFCG e bolsistas do
PET-Pedagogia.
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